As minhas Férias em....

CABO VERDE..

Como prometido, agora de volta, dou-vos a conhecer as maravilhosas e hiper divertidas férias que tive na Ilha do Sal em Cabo Verde.

Mas antes convém explicar-vos a demora que foi fazer este post. Não foi porque só regressei agora!!!! Eu só estive de férias de 16 a 24 de Abril... O que acontece é que tem estado uns dias tão bons e bonitos que ficar em casa em frente ao computador, como alias já passo o dia-a-dia, é algo que me deixe transtornada... então tenho optado por ir até à praia... Só por isso ainda não postei...

Ah! Convém também dizer que a frase típica em Cabo verde é "No stress"... E não adianta andar acelarada, porque é mesmo sem stress que se vive... Portanto acho que ainda ando sob efeito desse espírito...

Passando ao que realmente interessa... Como devem entender muitas fotos pairam por aqui e não podem expostas, e mais ainda espero de outros conhecimentos feitos durante as férias, e que atentamente apanharam tudo e todos com uma perícia invejável!

Assim, começo pela foto de entrada:





E claro... A História:

A maior parte dos historiadores reconhecem Diogo Gomes como o verdadeiro descobridor, e António da Noli como o descobridor oficial, ambos em 1460. Mas não se exclui a hipótese de as ilhas do arquipélago Cabo Verdiano terem sido visitadas por outros povos, muito antes da chegada dos portugueses, como por exemplo os gregos, árabes ou africanos.

Originalmente, a ilha foi baptizada com o nome de "Llana", mas apenas alguns anos mais tarde, após o início da exploração de sal em Pedra de Lume, o nome foi mudado para "Sal". Devido à falta de água e aridez do solo, a ilha permaneceu deserta até ao século XIX. Quem primeiro se estabeleceu naquelas terras foram os escravos das vizinhas Ilhas de Boavista e de São Nicolau, em 1838. Bens manufacturados eram trocados por sal, que saíam da ilha através dos navios.

No final do século XVIII, um geógrafo holandês escreveu que viu uma colonização de 72 marinheiros no local em que é hoje a Vila de Santa Maria, sustentada pela extracção de sal, usada para salgar a carne de cabra e tartaruga, um animal então muito comum no arquipélago.

Historicamente, até aos século XX as autoridades coloniais prestaram pouca atenção a esta ilha, e a sobrevivência de uma família dependia somente da sorte e capacidade de lidar com sucesso perante as situações que surgiam cada novo dia.

Em 1939 cria-se a primeira base aérea comercial, o que veio a ser o alicerce para o actual aeroporto Amílcar Cabral, cuja posição privilegiada fez com que se tornasse, depois da Segunda Guerra Mundial, um importante cruzamento para as escalas das viagens internacionais.

As Férias:

Eis, então que após a chegada tarde ao Aeroporto, partimos rumo ao Hotel... Numa carrinha, tipo Mini Autocarro, com as malas numa Pickup que seguia atras de nós.

No dia seguinte estavamos mais que prontas para a avetura, que seria estas férias, que de calma teve pouco: praia, danças, noites, danças, praia, noite, passeios, etc...

Logo na chegada conhecemos um casal simpático: o Nuno e a Sandra, que já lá tinham estado em Outubro e que, por isso, nos foram dando dicas. Logo aí se criou um conhecimento que viria a ser uma óptima fonte de convívio... O facto de conhecerem o grupo de animação contribui também para que nós também os conhecessemos e nos sentissemos acolhidos.

Ao Nuno e à Sandra, um beijinho de nós as 4, com votos de muitas felicidades ;)

No final do primeiro dia, conhecemos também os verdadeiros Fura-Hoteis. O Mário e o Lôpo, um Lisboeta e um Alentejano...Também com eles passamos bons momentos de convívio e de verdadeiro riso... já que nos contavam a história que viria a dar origem ao baptismo do nome "Fura-Hoteis". A eles também uma beijoca.

Pois bem... Então na visita à Ilha do Sal, (onde conhecemos também outro simpático casal: Ricardo e Monia - a quem deixo também uma beijoca), fomos conhecendo alguns pontos mais turísticos: as Salinas, a Buracona, o Olho Azul, etc...

Mas fomos claro, armadas em aventureiras 100% numa Pickup na caixa aberta...

Mas o que parecia uma viagem fácil, revelou-se numa aventura a sério, onde os solavancos, o pó e sobretudo o frio contribuíram para a risota e a boa disposição geral...

O vento e o frio faziam-nos encontrar soluções criativas

No entanto, nada que não fosse superável... E lá fomos sempre firmes a caminhos das Salinas, apreciando a paisagem:

A Escola

As Casas

As crianças na rua

E lá fomos às Salinas:

A entrada

O antigo transporte do sal das salinas para a vila... O que o Celso - o guia turístico - chamou de TGV de cabo Verde ... (telesférico de grande velocidade)

O banho nas Salinas, onde a concentração é, naturalmente tão elevada, que boiar é o que menos custa

Depois das Salinas, fomos ver alguns pontos de atracção.

A Buracona

Um buraco enorme e misterioso por dentro da terra deu o nome a este lugar fantástico. Próximo deste, existe uma autêntica piscina natural, ideal para um banho refrescante que ajudará a relaxar durante o itinerário e nos permitirá apreciar melhor a paisagem de aspecto lunar. As ondas do mar que batem furiosamente nos recifes circundantes constituem um belo espectáculo da natureza.

O acesso a este local peculiar realiza-se através de sinuosas estradas de terra onde o pó é denso e preferencialmente utilizam-se viaturas do tipo 4x4 conferindo uma sensação de aventura. Conseguimos ver o mar e os reflexos em tons azulados que o sol proporciona ao incidir nas águas do mesmo... Este efeito, faz então criar o Olho Azul

No meio das rochas, formou-se uma abertura, que descobriu uma gruta, com uma altura superior a 30 metros. Lá em baixo, existem uns dez metros de àgua. O sítio é perigoso, mas quando o sol entre pela abertura e se reflecte na àgua, cria este belo efeito, que é conhecido como o famoso Olho Azul.

Visitamos a cidade de Espargos, cuja paisagens e gentes se enquadram na ideia que já havia criado de como seria uma cidade neste continente.

E os dias foram passados, claro...
.... na praia...

No inicio com algumas ondas, mas depois com um mar traquilo e águas limpas a uma temperatura deliciosa...

... ou então...

...junto à piscina a aprender a dançar...

... ou apanhar mais um solinho bom...

... ou a fazer as típicas trancinhas

A noite, como aliás durante o dia, divirtíamos com o grupo de animação, que eram um grupo enorme de pessoas animadas e que partilhavam connosco a sua cultura, enquanto também aprendiam a nossa nossa... A Inês, a Dirma, a Patricia, a Nona, a Alexandra, o Nei, o Jorge, Laurinda, Shaka, Joyce, etc..

Alguns deles mais próximos que outros, com os quais uma amizade ficou e as saudades já batem...

(espero fotos)

Um beijo especial para a meiga Inês, cujo presente deixado por nós vai contribuir (por pouco que seja) para um sorriso mais bonito...

Após a animação do hotel acabar (muito cedo!!!) lá íamos nós aproveitar mais algumas horas... Tinhamos a opção da discoteca Birimbau ou Pirata... Acabamos por ir apenas 2 vezes à primeira (que na nossa opinião era melhor), e frequentávamos mais a segunda, já que era a que "estava a dar"... Aí dançavamos até esgotar, já que além de músicas diversas e conhecidas, também ouvíamos as músicas Cabo Verdianas, que preenchiam os nossos dias e que ali parecia que nos possuía e nos fazia voltar a dança e dançar e dançar...

Os nossos aposentos eram bastante acolhedores... e termos ficados todos juntos contribui tambem para uma especíe de ligação, ou proximidade...

Resumindo, as férias eram uma mistura de relax, diversão, animação... O que na verdade é o que se deseja de umas férias.

Tenho pena de não ter feito mergulho ou ter visitado a ilha da Boavista, mas, compensamos bem.

Talvez a parte menos boa foi constatar a pobreza presente à volta do perímetro turistíco. Conhecer de perto algumas pessoas do grupo de animação deu-nos a conhecer o que muitos não sabem e que nos revolta porque nada podemos fazer... É a vida deles... É o mundo difícil deles, que apenas podemos melhorar, ou suavizar, com a nossa passagem e amizade, que eles tanto cuidam.

E foi este ambiente que fizeram com estes 7 dias estejam na minha memória, como umas férias fantásticas. Criei laços de amizades que espero não perder. Aprendi as danças (kisomba, morna, coladeira, funana)... que hoje ao ouvir, um arrepio percorre todo o meu corpo e no meu rosto, um sorriso de orelha-a-orelha, aparece explícito...

Um sorriso misturado com a saudade dos 7 dias de Férias em Cabo Verde...